"Não interprete-me mal."
Essa era a única coisa em que pensava ao iniciar meus textos.
No entanto, dei-me conta que não importo-me mais com isso.
Leia e formule sua opinião, pois a minha mantenho firme:
não permitirei que minhas palavras se calem, jamais.
SEJA BEM VINDO(a)!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma questão de tempo


É engraçado e ao mesmo tempo ‘nojento’ analisar o que o amor causa nas pessoas. Quando a flecha do cupido acerta um casal, tudo muda. E não há como negar. Quando surge um sentimento, apelidos com um elevado nível de glicose incendeiam o vocabulário dos apaixonados. O coração um dia frio torna-se quente e tudo flui em uma sintonia para eles, maravilhosa, surreal. Para os solitários ou com o atrevimento da palavra “sem paixão” nem tanto. Estes alegam odiar todo e qualquer tipo de afeto exacerbado.
            Sempre mencionei a frase: “No começo tudo são flores, com o tempo aparecem os espinhos.” E por muito tempo venho observando vários relacionamentos.  Pude perceber que com o passar dos dias, tratamentos melosos que por pouco não me fizeram adquirir diabetes vão se esvaindo. O convívio, os problemas, a rotina e diversos outros fatores acabam deixando de lado essa demonstração. Mas existem aqueles que mesmo com tudo isso conseguem intercalar um afeto ao outro.
            Falo, critico algumas vezes, reclamo também. Mas todos nós se ainda não vivenciamos, estamos a esperar alguém o qual estará disposto a realizar todos os carinhos apaixonados e vice e versa. Um jantar romântico, uma ligação pra desejar um bom dia ou boa noite. Flores após discursão e até mesmo sem motivo algum. Um cineminha num fim de tarde, uma viagem inesperada. Um torpedo só pra nos lembrar o quanto somos especiais. Estou dizendo alguma mentira? Pois bem, por ser atrevida, sinto-me movida pela ousadia em responder-lhes: não, não estou dizendo nenhuma mentira. Mesmo assim, há sempre alguns que insistem em dizer que vivem bem sozinhos. Enganando a si mesmos ou ‘tentando nos enganar’. Pobres coitados – com todo respeito - já sabemos que isso não é possível. Sinceramente, admiro quem consegue fazê-lo. Viver em singular, não é para mim. Prefiro o plural. Contudo, estes com essa filosofia solitária, admitindo ou não, obtém em seu coração um vazio. Passam-se os dias, meses e anos, mas o vazio continua lá. Intocável ou não, ocupado ou não, mas continua lá. Quieto. Manso. Se desvairando de loucura e desejo de gritar e declarar-se a alguém. Ou morrendo de vontade de encontrar alguém.
            Não é preciso ir à procura, mas se aparecer, o que podemos fazer é tirar proveito de tudo que há de vir. Sábias palavras de Coco Chanel: “Eu não entendo como uma mulher pode sair de casa sem se arrumar um pouco - mesmo que por delicadeza. Depois, nunca se sabe, talvez seja o dia em que ela tem um encontro com o destino. E é melhor estar tão bonita quanto for possível para o destino.” Vai ver, o próximo ou próxima a te olhar poderá quem sabe ser sua cara metade. Então, vá em frente. Curta, tire da relação alguma experiência, seja ela boa ou ruim. Mas se arrume também, sempre é bom causar uma boa impressão, rs. E não se esqueça: você também um dia se pegará dizendo a alguém coisas absurdamente apaixonadas, a ponto de enjoar os que por perto estiverem. Como as que uns dias já foram ditos por outros casais. É tudo uma questão de tempo. Boa sorte a todos!

Emanuely Guedes

P.s. 1: Falo sempre do amor, da arte se amar, dos sentimentos. Mas não pensem que estou apaixonada, longe disso. Contudo, existem várias outras paixões que me movem impulsivamente, que no momento não cabem mencioná-las.

P.s. 2: hoje deu vontade de postar 2 textos. Agora, se me dão licença, irei malhar.. rs.
Beijos!

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