"Não interprete-me mal."
Essa era a única coisa em que pensava ao iniciar meus textos.
No entanto, dei-me conta que não importo-me mais com isso.
Leia e formule sua opinião, pois a minha mantenho firme:
não permitirei que minhas palavras se calem, jamais.
SEJA BEM VINDO(a)!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Um 'breve' contratempo

Algo mais do que nunca está estranho em mim. Parece que me falta alguma coisa e isso vem me preocupando seriamente. Penso várias vezes em escrever, daí surgem infinitas idéias mas na tentativa de colocá-las em um papel me perco totalmente. Escrevo textos de variedades incontáveis quase todos os dias, treinando para os vestibulares vindouros, mas quando o assunto é o blog, tudo muda. Nada mais está ‘bom’, nada mais tem me agradado. Tempos atrás isso aconteceu também... mas  por dias, poucas semanas. Agora já passou mais de um mês.
Não abandonei o blog, para deixar claro. Os últimos meses tem sido muito corrido, confesso.  Mas não é esse o único motivo, como mencionado acima. Peço a Deus que esse meu contratempo acabe o mais rápido possível. Quero voltar a organizar palavras constantemente... bem mais que um dia consegui. Obrigada a cada um que acessou este blog, mesmo sem novas postagens percebi que os acessos continuaram. Sou grata a cada leitura, a cada comentário, a cada opinião também. Afinal, são vocês que me estimulam. São em vocês que penso ao escrever.
        Espero em breve voltar. E mais ainda, que esse post seja o inicio de um novo tempo: audacioso, corajoso, sincero e ousado.

Ótima quinta feira meus queridos!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aos verdadeiros


Não consigo compreender o que a muitos atrai relatar-me suas historias “amorosas”. Serão meus ouvidos sempre dispostos a escutar tudo a ser dito? Meus lábios que mesmo deparado a lágrimas ou risos alheios buscam encontrar as palavras “certas”? Ou será que a mim cabe essa função?
Creio que com alguns textos já devem ter percebido que amo analisar as coisas, não é? Mais uma vez não pude deixar de fazê-lo. E diante de tal situação busquei uma palavra que acolhesse todos os aspectos resultantes. A única que surgiu: cômico. Acho/espero que esse tipo de história irei muito contar daqui um tempo. Por enquanto, fico-me a imaginar nas mais diversas experiências das quais tanto ouço falar. Estas levam minha fértil e terrível imaginação ao além. Faz-me sonhar, planejar e como sempre... esperar.
São tantas historias que em números as perco. Cada uma permanece e obtém lugar inacessível por terceiros. E isso é a base... confiança. Obrigada por confiarem aos meus ouvidos seus encantos, desencantos, amores e desamores.
Fortíssimos abraços aos verdadeiros, que um bem enorme me fazem.

FELIZ DIA DO AMIGO!
(atrasado, por sinal)

Emanuely Guedes

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Transcrevendo sentimentos

Há muito tempo venho buscando transcrever em palavras todos os sentimentos que por mim vagueiam. Alegria, fé, saudade, sensibilidade, dor e vários outros parecem ter vida própria, parecem querer incansavelmente pular de mim para um papel qualquer que seja. Se não escrevo quando bate a vontade – tem sido bem constante – algo parece-me faltar, eles – perversos sentimentos – tentam me sufocar. E a solução é “expulsá-los” como um vulcão, repelindo larvas em formas de letras.
Não pensem vocês que consigo sempre arremessá-los para fora. Notei que até mesmo o que sinto, tem medo. Medo de transbordar, voar, ou quem sabe é apenas uma mera timidez. Vai entender?! Ou melhor... vai me entender? (alguém topa o desafio?).
Transcrever tem sim, sido uma das melhores sensações que tenho vivido. Confesso com a mais pura e sincera palavra: tem sido bom. Bom não... ÓTIMO! Não quero olhos para compreender meus textos, quero coração, pele, para que talvez um dia sinta o que sinto ao organizar palavras em um único lugar. Não sei, não quero saber, muito muito menos ser do tipo que deixa palavras soltas pelo ar... se não as guardo em mim, os papeis servem-me maravilhosamente bem.  

Emanuely Guedes

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Desejos do coração

Noites atrás em uma conversa bem descontraída com minha irmã ela disse: “Ah! Eu preciso de um namorado.” Dei altas gargalhadas. O tom o qual era usara fora extremamente engraçado, sua feição mais ainda, não pude me conter.
Mas, como uma garota aos 14 anos que nunca teve um relacionamento poderia querê-lo? Essa era uma das perguntas que em uma frequência anormal martelava em minha mente após ouvir tal frase. Estudei, lanchei, ouvi musica, deitei e nada dessa pergunta desaparecer. Talvez eu não buscasse a resposta da mesma e sim das dúvidas que com inicial surgiram.
         Esses dias li um texto do Caio Fernando Abreu. O texto narra à história de uma moça que para o autor não era fácil compreender como ela era capaz de arriscar tudo por amor, se amar nada mais é que “Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.” (trecho do texto).
         Minha irmã tão inexperiente no amor – não que eu tenha tanta experiência assim – queria um namorado para buscar uma felicidade que muitos dizem encontrar no outro, não sabe ela que está apenas à espera de receber os pontapés e socos que a vida lhe dará. Contudo, até sofrer por amor, deve ser bom, né? Afinal, se há sofrimento, um dia algo muito bom – mesmo que por pouco tempo – aconteceu. E mesmo que não tenha acontecido, a felicidade tão almejada fica por conta dos sonhos e imaginação. Isso cada um decide.

[ Paradoxo entre realidade e texto de Caio Fernando Abreu ] 

 Emanuely Guedes

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um pedido a Deus

         
       Já tinha conversado com Deus: queria esquecê-lo. Tirá-lo dos pensamentos era a coisa mais sensata e racional no momento, queria livrar-se de toda e qualquer esperança e espera que o próprio lhe causara. E seu pedido parecia ter sido ouvido. Não pensara nele como antes; as lembranças estavam cada vez menos constantes e a saudade era pouco mencionada. Ela estava bem, tranquila e até "feliz".
        Mas como tudo que é verdadeiro, volta (palavras de Caio Fernando Abreu) voltou. Voltou em forma de música, de fotos e tudo que um dia juntos viveram. Numa bela manhã de domingo uma forte e incontrolável saudade  parecia sufocá-la. E agora? Será que Deus não tinha feito sua parte? Lágrimas pareciam gritar pedindo para tirá-lo do seu coração, mas não estava funcionando. Quão triste foi.
         Confusa se econtrava, sem saber realmente o que valia a pena: esquecê-lo ou não. 



Emanuely Guedes

sábado, 2 de julho de 2011

Para esclarecer

       
Imagino que ao lerem meus textos devem passar em várias cabeças à ideia que estou apaixonada, que tenho ou vivo um amor. Essa é uma pergunta óbvia diante de tantos arquivos aqui registrados. Mas queridos, lhes direi uma coisa: “Não. Não estou apaixonada.” Sei que pra muitos essa simples declaração de nada serve, já que falo tanto do amor neste blog. Mas talvez seja simples explicar... sou romântica, sentimental e sonhadora. É isso! O que não me priva de imaginar-me apaixonada. Mas tudo tem seu tempo e este não é o meu – não mesmo.
         Caso um dia isso venha ocorrer, não medirei palavras. Muito ao contrário. Acho que irei falar muito, e contar algumas experiências também. Enquanto isso não acontece, fico com meus contos de fadas e os de muitos outros que me fazem entrar em um universo paralelo, surreal. E se faz sentido, quem se importa? Sinto-me feliz ao escrever.
         Resolvi escrever sobre isso, porque até minha mãe começou a ver o blog com um olhar diferente. Segundo ela estava expondo sentimentos e coisas do tipo. Meus textos são sim, repletos de sentimentos, mas não de paixao a uma determinada pessoa. Até porque, no momento não consigo amar um único ser. Venho amando a vida, meus dias, minha familia, amigos e até meus estudos.
       Sou livre com minhas palavras e escrever para mim tem sido uma alegria constante, um prazer inexplicável. Que não abro mão por opnião alguma.





Boa noite!

Emanuely Guedes

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Odeio dietas

Então por favor, não me venha com restrições. Gosto de doces, guloseimas e extrapolo em certos alimentos. Isso é normal, acontece com a maioria. Com os sentimentos também sou assim. 
Não aceito colher de chá de carinho; não permito colher de sopa de atenção; nem tampouco quero pitadas de amor.
Se fora pra acontecer, venha recheado de intenções e planos, a fim de quebrar toda e qualquer rotina ‘pão integral’. Já não suporto mais isso!    Caso insista em prosseguir com ideia de pouco oferecer-me, desista. Pois o pouco não me anima, não me atrai, não me serve. 
Boa sorte a você e a mim! =]

 
 
     
Emanuely Guedes

Palavras antes nunca mencionadas...

      
            Olá! (triste não saber mais como referir-me a você)
Espero que esteja bem, já que nos últimos tempos não temos mantido muito contato. Perguntei-me várias vezes se fazia necessário dizer-lhe algumas coisas que por muito tempo caminham em minha mente.  Cheguei à conclusão – correta ou não – que olhar em teus olhos como de costume dessa vez causar-me-ia um enorme frio na barriga, desprendendo e expondo todo nervosismo que em mim percorre quando você se aproxima. Então achei melhor escrever-lhe, já que através de palavras transcritas em papel não o faria notar toda a inquietação que se faz presente quando o assunto é você.
Mesmo com toda a alegria dos nossos encontros pouco constantes, melhor – para mim ao menos – tentar distanciar cada vez mais lembranças e sonhos que nos envolviam. Decisão perigosa, triste e insegura, confesso. Mas diante do cansaço da espera da sua certeza, da pouca transparência, dos seus telefonemas, carinhos e palavras doces, fez-se necessário. Não me arrependo de nenhum impulso, quanto mais às loucuras cometidas por você, com você e por nós. Todas elas foram-me válidas, não há dúvidas.
Tentarei. Na verdade, há algum tempo que venho tentando, mas declaro que agora serei firme com essa decisão. De todas as coisas que vivemos, não lhe agradeço pelos incontáveis ciúmes que me causastes, nem pelas noites perdidas por suas frases mal colocadas e muito menos pelas lágrimas que muito trilharam meu rosto. No entanto, gostaria que não se esquecesse das inúmeras vezes que disse que “ao teu lado” conheci os mais puros e fortes sentimentos. Obrigada por todo bem que me causou... cada beijo, abraço, atenção e carinho recebidos.
Não serei hipócrita em pedir para que continuemos amigos. Espero que compreenda meus motivos. Peço-lhe uma coisa apenas: caso sinta minha falta e perceba que vale a pena procurar-me, o faça – tomara que ainda dê tempo.
Com toda saudade que há muito tempo venho sentido, despeço-me com um longo – e ultimo quem sabe – beijo.
                                                                                  Meu coração ainda é seu.

                                                                                                            C. M. L.
(desabafo de uma amiga)
Diante de tantas horas ouvindo suas penúrias, tive a audácia de escrever um pouco do que sentia relatado à mim. Não foi fácil colocar-me em seu lugar, mas fiz o que pude. Cada palavra tocava-me profundamente ao lembrar de suas lágrimas. Obrigada pela liberdade e autorização do texto, mesmo que seja de minha autoria, os sentimentos são seus e ainda assim permitiu-me "expô-los" aqui. Estarei com meu colo e ouvidos sempre à seu dispor. E se preciso, palavras também. Sua opnião sobre esta carta foi muito maior que uma recompensa, um troféu. Nunca imaginei-me em uma situação como a sua, mas a experiência foi válida. Obrigada mais uma vez por sua maravilhosa e indispensável amizade.


Emanuely Guedes


domingo, 26 de junho de 2011

Se pudesse...

Com toda sinceridade que habita em meu coração, criaria um meio no qual me tele transportasse rapidamente para perto de algumas pessoas. Hoje, usá-lo-ia sem dúvida alguma. Há muito tempo sinto sua falta... falta das nossas conversas, dos seus conselhos, das risadas, troca de experiências e tudo que acompanha eu e você.
 Não é mais como antes. Não moramos na mesma rua, não nos vemos todos os dias, não ligamos infinitas vezes uma pra outra, não nos abraçamos e não rimos como nos velhos tempos. Eu a impulsiva, querendo tudo... só emoção. Já você, a que sempre tinha todos os passos calculados, as ideias concretas, as palavras certas. Totalmente contrárias, mas imprescindível uma a outra. E por vários anos, nossa amizade cada vez mais ia se tornando forte, digna de toda confiança.
Mesmo com toda a saudade e distanciamento sinto-me imensamente feliz ao reencontrá-la e poder contar – como antes – todos os segredos, como se tivéssemos ficado apenas um dia sem nos ver, quando são meses.
Estou com muita saudade. Um forte abraço!

Atenciosamente, sua melhor amiga de infância.

Emanuely Guedes



terça-feira, 21 de junho de 2011

Estranhos, ótima definição.


Por quanto tempo continuarão as conversas repletas de entrelinhas? Por quanto tempo palavras nao serão mencionadas para não criar expectativas? Por quanto tempo permancecerá a incógnita que por muitos anos se estabelece? Será que tem sido válido tudo que por medo e seja lá o que for tem se perdido, jogado fora? Engraçados. Difíceis, complicados e mais ainda, estranhos. Desconheço toda e qualquer semelhança com os demais... incomparáveis, únicos. À todos o futuro trará boas respostas ou até mesmo não tão boas assim. E se assim está, que assim seja! Às vezes inconstante, imprevisível, mas gostoso.

Emanuely Guedes

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Às vezes ficar só é bom

Seja lá por qual período for, às vezes ficar só é bom.  Pra pensar, ter raiva, se arrepender, planejar, chorar e até mesmo ficar feliz. Solidão nem sempre é tão ruim como alegam grande parte da população. Há momentos que por ficarmos tão rodeados de gente não nos damos conta que um momento a sós também nos faz bem. Mas cuidado: não leve tão a sério e viva solitário por muito tempo. Apenas perceba que curtir nossos próprios pensamentos vale muito à pena. E foi assim... sozinha, em um canto só meu que encontrei respostas das tão inquietas perguntas - como ocorre com infinitas outras pessoas. No quarto, debaixo da árvore, ao som de uma música (o que adoro), deitada, sentada, isso é você quem decide. Sinta o momento, curta o silêncio e desprenda-se de todas as opiniões que tentam inibir a sua. Corra, ande, pule... Grite também. Use alto-falantes se preciso. Microfones e cartazes podem ser – para muitos – a melhor opção. Só não deixe em momento alguém de dizer o que você pensa. E mais ainda, não deixe que se percam os seus momentos. Que só você pode desfrutar e compreender. Só você e ninguém mais. Solidão nem sempre é só tristeza, que fique claro isso! Tenho curtido bastante os meus momentos e não abro mão de nenhum deles.

Emanuely Guedes




segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que é o amor?



Quando se trata de definições tudo é muito amplo, cada um com uma análise diferente. Nesse caso em especial, por mais variados que sejam os conceitos eles caminham seguindo a mesma direção. Amor é se doar, entregar tudo que há de melhor em nós para o outro. E lógico, esperando ser recíproco. É sonhar, fazer planos e em todas as circunstâncias incluir o outro. Amar é também engolir sapos, deixar o orgulho de lado e se jogar nos braços alheios inteiramente. É convívio, saudade também. Superar medos, apostar em sentimentos que por várias vezes nos enganam, arriscando sua própria felicidade. Enfim, é unir-se a outra vida para que a sua seja completa.
Como é bom amar e ser amado, não é? E com todos os tipos de amores presentes no mundo, impossível não ser feliz. Amor paterno, materno, voterno, entre amigos, casais, etc. Estes possuem a simples mas não indispensável função de transformar dias preto e braço em coloridos.
Ainda estou à procura de respostas. Não sei amar pela metade, não sei doar parte dos meus pensamentos. Comigo o muito está presente em tudo. É sempre intenso e não sei se isso é bom ou ruim. Venho observando que por querer as coisas muito “lindas” acabo talvez deixando passar despercebido certas situações e sentimentos. Em certos momentos sinto-me fria, um iceberg. Com todo esse gelo, arriscar é uma das coisas mais difíceis para mim. Não me permito sonhar, imaginar as possíveis alegrias que por ventura poderiam acontecer. Tenho que confessar: só há uma pessoa que de um inverno absoluto me transporta para o verão rapidamente. Mas isso queridos, não irei revelar. Não sei se é amor, talvez só um carinho especial ou quem sabe uma paixão. Seja lá o que for, tem sido bom, saudável e muito inquieto.
Depois de tanto “falar”, dei-me conta que de nada servem as definições se não for sentido. Com cada um é diferente, único. Então, permitam-se arriscar, se der certo ou não as experiências valem a pena. Mas é bem melhor não pensar no pior, porque assim, nunca irá saber a real e verdadeira essência deste tão sublime sentimento. 

Emanuely Guedes

domingo, 12 de junho de 2011

O que vale é a intenção.


FELIZ DIA DOS NAMORADOS! 


Tenho que parabenizá-los também. Porque cá pra nós, quem não tem  vontade ter ter um ou uma? Mesmo que por frações de segundos a vontade bate e passa - em alguns casos. Então meus queridos, parabéns! Toda felicidade do mundo à todos os casais. E minhas mais sinceras e fiéis desculpas por não ter postado no dia tradicional. Falta de tempo com esses vestibulares tem me consumido inteiramente. E a propósito, o frio presente nessa noite deve ter caído muito bem aos apaixonados. Boa noite a todos :)

Emanuely Guedes

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Segundo o dicionário

Confiar: 1. Entregar (alguma coisa) a alguém sem receio de a perder ou de sofrer dano; 2. Revelar.

           Significados fortes, não? Pelo menos para mim. Hoje meu dia foi recheado de situações das quais há pouco tempo, deitava no sofá ao som de Caetano Veloso (um dos meus vícios) levaram-me a refletir muitas coisas. Coisas estas que até o momento tem tirado meu sono e  como mencionei no post anterior, vim com a tentativa de algo firmar no papel.
Pra ser mais direta, alguém em especial – bem especial – me fez algumas perguntas que por incontáveis segundos não soube o que responder. Ou melhor, não conseguia se quer retirar uma só palavra da minha boca. Acredite, não foi nada legal! Levei na esportiva, quando por fim as palavras – talvez não as melhores – saíram e depois de mais vários minutos continuamos a conversar, até que o “boa noite” chegou e por fim nos despedimos. Poderia ter ficado só no “boa noite”, mas não foi bem assim.
Como dito no início, a palavra confiança foi o forte da conversa. Talvez não tão explícito, mas nas entrelinhas e principalmente em meus pensamentos. Dei-me conta que tenho confiado pouco, quase nada. Eu tento, juro que tento! Tento acreditar, me doar, permitir que o outro se doe também. Tento abrir caminhos, olhar o que muitas vezes não é visível a simples olhares, mas não dá. Simplesmente não consigo. As perguntas tão simples, mas não pouco diretas e exatas pareciam que fizeram a ficha cair e pronto, lá estava eu, perdida. Vontade de chorar não me faltou, mas evitei. Creio que tem sido assim por já ter me decepcionado fortemente em outros tempos, mas não justifica toda essa auto-proteção. Minha definição para essa situação estranha.
Ah! Como queria ser a primeira a falar, a primeira a ligar, a primeira a tomar uma decisão. Mas não é bem assim! Permaneço na retaguarda, a espera de um sinal, um momento exato em que o outro irá tomar a iniciativa. E tudo isso por falta de confiança! Não tem sido fácil, nenhum pouco. O medo de me decepcionar novamente ofusca todos os sentidos. Espero que o tempo saiba tapar todas essas cicatrizes que em mim permanecem expostas. Que não demore, a ponto do que está no ar se perca. Muito pelo contrário! 





Emanuely Guedes

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vai passar, sei que vai.


Com a mais sincera palavra sinto-me oca, não consigo escrever. Se vocês nao sabem, falo muito, bastante. E logo, escrevo também. Mas não tem sido assim nos ultimos tempos. Ó quão triste isso tem sido! Nada mais tem fluído como antes, o que tem se tornado uma preocupação constante. Será que as palavras, frases, textos se dispersaram da minha vida? Não consigo mais colocá-las no papel. E é sério. Bem sério! Talvez – e espero – seja só uma fase, uma triste fase que logo, muito em breve irá passar. Enquanto isso continuarei a rasgar intermináveis folhas com frases soltas, sem coerência alguma até encher-me novamente do que sempre me rodeou: palavras. Hoje, mais uma vez – virou rotina – tentarei jogá-las em uma folha branca e em meio a um emaranhado, as seduzirei até encontrarem um lugar exato, firme, imutável.


Emanuely Guedes


quinta-feira, 26 de maio de 2011

“Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração.” 
Clarice Lispector

Queria em alguns momentos - nem que seja um pouco - ser transparente. Deixar visível o que sinto, quero, preciso. Por não conseguir acabo encontrando pelo caminho várias interrogações que muitas vezes ficam sem uma resposta sequer.
Mas são nesses ‘momentos do meu eu’ que estão submergidos todos os mistérios. Podem até não ser mistérios, mas fazem com que o meu ‘todo’ tenha uma essência peculiar... única. Que venha então um ser disposto a desvendar, conhecer e conviver com todos esses segredos que por mim vagueiam.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Enquanto o sono não vem...

Em pleno domingo à noite o sono se vai. E agora? Única pergunta presente em meus pensamentos, inundando toda e qualquer brecha vaga. Como se estivesse a percorrer por dias, quem sabe meses uma estrada certa, onde dava pra imaginar o tão almejado destino. Mas de repente, uma surpresa: dois caminhos surgem. E ficam as questões: qual seguir? Qual me levará ao lugar há tanto tempo esperado? Qual será o melhor pra mim? E foi assim, percorrendo uma linda estrada que encontrei-me durante a noite. Parada, intacta, totalmente sem saber qual direção tomar. E a cada tentativa de seguir, meu coração disparava, minha voz não tinha mais forças, meus sentidos falhavam e meus olhos se enchiam de lágrimas sem meus comandos. Eu tentei, juro que tentei. Tentei não chorar, tentei dormir, esquecer, mudar de pensamentos, mas todas as tentativas se frustraram antes mesmo que eu tentasse coloca-las em prática. Por vários minutos, que passavam como horas senti medo. Medo de tudo, de todos. Queria um colo, um abraço, um carinho que fosse. Mas quem? Quem em plena madrugada fria poderia fazê-lo? Senti falta da minha cama, do meu quarto, da minha casa, da minha família. Em casa talvez este medo me fizesse correr pra cama da minha mãe, como nos tempos de criança depois dos pesadelos. Mas eu não estava lá. Acompanhada e aos mesmo tempo sozinha. Ah! Foi terrível! Nada era bom, nada me satisfazia. Muito pelo contrário, cada vez mais frio eu sentia. E a cada segundo desejava fortemente um afeto. E foi assim, pela madrugada até que por muito tentar, conseguir pegar no sono. Foi difícil, mas como tudo passa, a insônia passou. Bom lembrar que não foi verdadeiramente uma insônia e sim preocupação, medo. Duvidas também.

Emanuely Guedes

P.s.1: O mais forte de todos os abraços a melhor mãe do mundo, a qual me fez tanta falta durante a noite. 
P.s.2: Que  Deus abençõe mais esse dia. Só tenho a agradecer cada leitura!
Abraços enormes... 

sábado, 21 de maio de 2011

Dominada pelo medo

"Quando me entrego, me atiro. Mas quando recuo, não volto mais. " (Clarice Lispector)
Essa era a frase que verdadeiramente a definia. Cada palavra parecia agarrar-se ao seu eu que em momento algum poderia se desprender. E constantemente se perguntara se Clarice sentira tudo que ela sentiu um dia ou se era apenas uma simples obra do acaso. Quebrando toda firme ideia que nela havia sobre coincidências. Gabriela, esse era seu nome. Mas poucos assim a chamavam, preferiam Gabi. Uma menina repleta de sonhos e vontades, recheada de impulsos muitas vezes ousados demais. Carinhosa. Apaixonada pelos dias, pela vida e também por um garoto: Eduardo. O qual mesmo sem nada haver – além dos seus sentimentos, a fazia entrar e permanecer muitas vezes em um universo onde ela se sentia segura, firme e mais ainda... feliz. Na infância se conheceram, mas o destino os separou. Cada um em um lugar distinto. Nos reencontros, somente conversas breves, olhares vagos e sorrisos inibidos. Para ela, todas essas simples coisas era muito. O bastante pra o seu dia normal tornar-se em um dia sonhador/especial onde ela imaginava seus dias juntos aos dele.
          O tempo passou, muita coisa mudou. Ambos amadureceram e acabaram que em um desses reencontros a conversa rendeu. Um, dois, três pedidos para sair apareceram e por fim, se beijaram. E continuaram a se encontrar, por um breve tempo, que para ela cada minuto com ele custava a passar. Como sempre, ele se fora mais uma vez. Deixando-a com a enorme saudade. E foram assim por algumas vezes. E a cada reencontro, sua fértil imaginação, seus puros e sinceros sentimentos pareciam uma progressão geométrica. Com uma intensidade anormal, capaz de romper e encarar toda e qualquer situação que por ventura viera a aparecer. Só que todo esse reboliço emocional só ocorria com Gabi. Só em seu mundo tudo era perfeito. Até que em uma manhã acordou decidida a empenhar-se a esquecer tudo relacionado ao Eduardo. Foi difícil, doeu. Doeu muito, demais. Fazendo-a chorar por dias e dias. Com o passar dos meses, não acabou mas quietou todos os sonhos que um dia tivera.
Dois anos depois, Eduardo volta mais lindo, mais encantador, provocante, fazendo que com todas as armas de proteção da tão ‘forte’ Gabriela se perdesse no vento. A tentação mais forte os uniu novamente. Só que ela não imaginava que dessa vez a situação tinha se invertido. Ele que havia se apaixonado, fazendo-a juras de amor nas quais ela custava à acreditar. Ela não estava disposta a sofrer e encarar mais uma vez a ausência do amado. E por insegurança, não conseguia acreditar em uma só palavra dita por ele. Talvez até acreditasse, mas o medo gritava aos berros em seu coração. Dessa vez, Gabi que abriu mão. Culpando-se infinitamente por não ter permitido vivenciar um amor tão sublime. Que fora necessário a distancia para que um simples sentimento florescesse no coração do Edu. Ele se fora, e nunca mais deu noticias. Aumentando mais ainda o sofrimento.
Será que às vezes não agimos feitos a Gabi? Será que em muitas situações nos fechamos para ser feliz? Não sou a pessoa mais indicada para conselhos do tipo, aliás, também me deparo algumas vezes com experiências parecidas com a dela – não somente de amor, mas em outras circunstancias também. Fica a reflexão: será que vale a pena deixar o medo decidir por nós?
Emanuely Guedes

quinta-feira, 19 de maio de 2011

E assim começou o dia...



5:40 da manha e lá estava eu, de pé. Decidida a ir a academia. Não é sempre que isso acontece. Mas movida pela empolgação da minha querida tia e pelo tão almejado resultado quebrei toda a ligação que havia entre a cama, o cobertor e eu. Importante frisar que o frio que pairava no ar era bom a certo ponto, mas pouco a pouco me atrofiava.
        Ao sair de casa, o sol vinha devagarzinho se desinibindo. E as nuvens num conjuto espetacular. Transformando uma simples manhã em um dia digno de todo ânimo. O frio quieto persistia, mas em um emaranhado no qual foi indispensável. No caminho, sem me ausentar da bela visão aérea dei-me conta do quanto Deus é perfeito. Nos mínimos detalhes Ele pensou. E como se não bastasse, o fez. Bom para nós, que desfrutamos de tanta beleza.
          Maravilhada. Essa foi a palavra para o que senti no momento. Meu dia logo no início tão magnífico. Julgo-me na obrigação de continuar a observar e agradecer ao mais soberano de todos por tanta bondade ao nos dar manhãs tão lindas como a de hoje.
           Não deixem de observar os detalhes, que como este podem e fazem toda a diferença.
           Bom dia a todos!

Emanuely Guedes

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma questão de tempo


É engraçado e ao mesmo tempo ‘nojento’ analisar o que o amor causa nas pessoas. Quando a flecha do cupido acerta um casal, tudo muda. E não há como negar. Quando surge um sentimento, apelidos com um elevado nível de glicose incendeiam o vocabulário dos apaixonados. O coração um dia frio torna-se quente e tudo flui em uma sintonia para eles, maravilhosa, surreal. Para os solitários ou com o atrevimento da palavra “sem paixão” nem tanto. Estes alegam odiar todo e qualquer tipo de afeto exacerbado.
            Sempre mencionei a frase: “No começo tudo são flores, com o tempo aparecem os espinhos.” E por muito tempo venho observando vários relacionamentos.  Pude perceber que com o passar dos dias, tratamentos melosos que por pouco não me fizeram adquirir diabetes vão se esvaindo. O convívio, os problemas, a rotina e diversos outros fatores acabam deixando de lado essa demonstração. Mas existem aqueles que mesmo com tudo isso conseguem intercalar um afeto ao outro.
            Falo, critico algumas vezes, reclamo também. Mas todos nós se ainda não vivenciamos, estamos a esperar alguém o qual estará disposto a realizar todos os carinhos apaixonados e vice e versa. Um jantar romântico, uma ligação pra desejar um bom dia ou boa noite. Flores após discursão e até mesmo sem motivo algum. Um cineminha num fim de tarde, uma viagem inesperada. Um torpedo só pra nos lembrar o quanto somos especiais. Estou dizendo alguma mentira? Pois bem, por ser atrevida, sinto-me movida pela ousadia em responder-lhes: não, não estou dizendo nenhuma mentira. Mesmo assim, há sempre alguns que insistem em dizer que vivem bem sozinhos. Enganando a si mesmos ou ‘tentando nos enganar’. Pobres coitados – com todo respeito - já sabemos que isso não é possível. Sinceramente, admiro quem consegue fazê-lo. Viver em singular, não é para mim. Prefiro o plural. Contudo, estes com essa filosofia solitária, admitindo ou não, obtém em seu coração um vazio. Passam-se os dias, meses e anos, mas o vazio continua lá. Intocável ou não, ocupado ou não, mas continua lá. Quieto. Manso. Se desvairando de loucura e desejo de gritar e declarar-se a alguém. Ou morrendo de vontade de encontrar alguém.
            Não é preciso ir à procura, mas se aparecer, o que podemos fazer é tirar proveito de tudo que há de vir. Sábias palavras de Coco Chanel: “Eu não entendo como uma mulher pode sair de casa sem se arrumar um pouco - mesmo que por delicadeza. Depois, nunca se sabe, talvez seja o dia em que ela tem um encontro com o destino. E é melhor estar tão bonita quanto for possível para o destino.” Vai ver, o próximo ou próxima a te olhar poderá quem sabe ser sua cara metade. Então, vá em frente. Curta, tire da relação alguma experiência, seja ela boa ou ruim. Mas se arrume também, sempre é bom causar uma boa impressão, rs. E não se esqueça: você também um dia se pegará dizendo a alguém coisas absurdamente apaixonadas, a ponto de enjoar os que por perto estiverem. Como as que uns dias já foram ditos por outros casais. É tudo uma questão de tempo. Boa sorte a todos!

Emanuely Guedes

P.s. 1: Falo sempre do amor, da arte se amar, dos sentimentos. Mas não pensem que estou apaixonada, longe disso. Contudo, existem várias outras paixões que me movem impulsivamente, que no momento não cabem mencioná-las.

P.s. 2: hoje deu vontade de postar 2 textos. Agora, se me dão licença, irei malhar.. rs.
Beijos!

O perfume dos dias

         
       Certa noite, em uma conversa pouco formal com a Aline, minha professora de português, ela disse que cada dia possui seu próprio perfume. E, às vezes, pelo cheiro fatos passados são relembrados fortemente. No momento eu ri e disse que essa era uma experiência que nunca havia tido. Pois bem, o papo se findou, nos despedimos e fomos embora. Parecia ter sido uma simples conversa, mas não para mim. As palavras ditas naquela noite não saiam da minha cabeça, me intrigando e fazendo-me pensar no assunto em uma constância anormal. Não conseguia entender. Era como se vendas tapassem meus olhos, fazendo com que o simples se tornasse tão complicado – o que atrai-me fortemente. E seguiu assim, por quase quatro dias.
      Antes que me esqueça, um detalhe é importante: todas as noites ao deitar perco horas pensando na vida. E foi em uma noite, como outra qualquer que de repente as respostas vieram à tona. Meus pensamentos pareciam borbulhar de tão intensos que estavam. Pensamentos estes que me levaram a entender que o perfume do qual ela mencionava eram apenas o jeito com que as coisas aconteciam. Um fato parecido ou algo do tipo. Pronto! O mistério fora desvendado.
      Em suma, cada dia possui uma essência, uma fragrância diferente. Podendo ser até um perfume desagradável, como nos dias tristes, por exemplo. Mas os de bom cheiro superam todos os outros – e como superam. Hoje por exemplo a fragrância está maravilhosa, agradável. E seguirá assim... Bons ou ruins, como nos meus 6709 dias de vida.
      Posso não ter encontrado a resposta correta segundo a visão da professora, mas é a minha opinião quanto ao assunto. Talvez um dia eu consiga entender esse tal perfume com o qual ela diz com tanta convicção sentir. Enquanto isso queridos, fico a esperar, com minhas próprias essências a cada amanhecer.

Emanuely Guedes


P.s. 1: Um abraço especial e repleto de carinho a mais meiga e delicada professora mencionada acima, a qual me impulsionou para a criação deste blog. Sem suas injeções de ânimo não o teria feito. E mais ainda, meu apetite pela leitura e escrita tem se tornado voraz a cada dia. Aline, sinta-se culpada, rs. Obrigada!

P.s. 2:Para mim, é mais que um privilégio tê-los por aqui. 
Bom dia a todos!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu quero...

Eu quero viajar...
Eu quero fazer várias compras...
Eu quero acordar mais tarde alguns dias da semana...
Eu quero festas...
Eu quero fins de semana com os amigos...
Eu quero visitar minha familia constatemente...
Eu quero ser independente...
Eu quero pode cuidar dos meus pais quando eles forem mais velhos...
Eu quero uma casa...
Eu quero um carro...
Eu quero um namorado...
Eu quero depois do namorado, um marido...
Eu quero ter filhos...
Eu quero uma familia...
Eu quero dinheiro (quem nao quer?)
Eu quero - e preciso -  passar no vestibular.
Eu quero mais ainda, felicidade!

Emanuely Guedes

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dois lados

' São dois lados
Dessa obsessão
Dois lados
Nesse mesmo coração... '
Frejat

Começar um relacionamento é sempre muito curioso. Digo curioso porque esse é um dos sentimentos que está sempre presente. Ficamos curiosas pra saber como vai ser. Curiosa sobre a pessoa, estar perto e também ser parte da vida dessa pessoa. E estamos sempre curiosas também para saber se essa curiosidade é recíproca, claro! E alem de tamanha euforia, ansiedade e loucura – de tudo um pouco – vem o medo. Medo este que invade e toma conta. Talvez até ofuscando a verdadeira essência do sentimento.
Descobri que em tudo há um lado positivo e negativo. O positivo – se é que assim posso rotular – funciona como uma defesa, proteção. Fechamo-nos para não sofrer. Simples assim. E o que há de errado nisso? O que há de errado em não querer se machucar? Em não querer chorar? E também, o negativo nos faz perceber que toda essa terrível sensação que amedronta, impossibilita diversos fatores. Como por exemplo, permitir que o outro tente ao menos nos fazer feliz.
Ó CÉUS! Porque não há formulas? Equações? Sistemas ou ate mesmo matrizes que mostre no que realmente vale a pena investir. Ninguém disse que vai ser tudo um mar de rosas. Mesmo feliz, algumas vezes iremos chorar. Mas é melhor chorar sabendo que somos amadas do que chorar por ter amando e não ter sido correspondido.
Amor. Paixão. Atração ou tentação. O que anda acontecendo comigo? Como milhares de mulheres, sou apenas mais uma com esse dilema. E cabe a mim escolher qual ponto, negativo ou positivo devo me agarrar agora.
Talvez seja essa questão: deixar fluir, naturalmente. O que é muito, mas muito complicado.
E quanto ao futuro, prefiro não comentar por enquanto. Nem ao menos pensar. Até porque, ninguém sabe o que irá acontecer. Em todo caso, se alguma mulher seguir a proeza de acertar sempre em seus relacionamentos, passe-me a receita. Serei imensamente grata.

Emanuey Guedes

terça-feira, 10 de maio de 2011

Abraços...

' E assim por aí fora
até que quando for a hora
vão ser tantos os abraços
que não vão chegar os braços. '
(Canção dos abraços)




             Quem não gosta? Existem aos montes. Entre amigos, amores, paixões, pais e filhos e vice e versa. Entre desconhecidos e até mesmo aqueles por simples obrigação. E claro, não posso me esquecer dos falsos abraços, que certas pessoas insistem em nos dar. E às vezes, por força de algumas circunstâncias ficamos incumbidos de dá-los também, haha.

             Eles estão por aí, a espera de alguém para receber e alguém, para doar. Com diversos significados e outros sem significados algum. Mesmo assim, dia após dia ansiamos um carinho, ou qualquer tipo de demonstração de afeto que seja. E lá estão eles, prontos para nos envolver com braços fortes, fracos, grossos, delicados, cabeludos – há quem goste – frios ou quentes.
              Ontem por exemplo, fui acordada por um enorme abraço da minha mãe, que dispensa todo e qualquer tipo de comentário. E seguiu o dia... Abraços do meu pai, prima, irmã, de amigos também. E pela noite, vários e bem gostosos. Daqueles que nos aquece e nos faz querer mais, sabe? Que caíram aliás, como luva em uma noite fria.
              Mas queria mesmo era um abraço apertado, maior do que os mencionados. Um abraço recheado de saudade, reencontro, alegria. Um mix em um só. Ah! Como queria... Queria um daqueles que nos tiram o ar e que causam um frio na barriga antes mesmo dos braços se aproximarem uns dos outros.
              Não sou ingrata. Não mesmo! Amei todos os que recebi. Mas o tão desejado durante todo o dia ficou por conta das lembranças que aguçaram minha fértil e terrível imaginação, rs. Porque antes mesmo de desejá-lo com tanta intensidade, sabia que era um ‘desejo impossível’. Afinal, não se pode ter tudo. E a distancia nos priva de muitas coisas. Como os abraços, por exemplo. Contudo, os de ontem, me alegraram de tal maneira que fiquei assim, feliz. O que não é muito difícil. Basta somente vir de braços sinceros e verdadeiros.
            Sem eles, não sei viver. E quem vive perdoe-me, mas desconhece uma das melhores sensações da vida. Uma confissão: os forçados prefiro recusar. 

Emanuely Guedes