"Não interprete-me mal."
Essa era a única coisa em que pensava ao iniciar meus textos.
No entanto, dei-me conta que não importo-me mais com isso.
Leia e formule sua opinião, pois a minha mantenho firme:
não permitirei que minhas palavras se calem, jamais.
SEJA BEM VINDO(a)!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Segundo o dicionário

Confiar: 1. Entregar (alguma coisa) a alguém sem receio de a perder ou de sofrer dano; 2. Revelar.

           Significados fortes, não? Pelo menos para mim. Hoje meu dia foi recheado de situações das quais há pouco tempo, deitava no sofá ao som de Caetano Veloso (um dos meus vícios) levaram-me a refletir muitas coisas. Coisas estas que até o momento tem tirado meu sono e  como mencionei no post anterior, vim com a tentativa de algo firmar no papel.
Pra ser mais direta, alguém em especial – bem especial – me fez algumas perguntas que por incontáveis segundos não soube o que responder. Ou melhor, não conseguia se quer retirar uma só palavra da minha boca. Acredite, não foi nada legal! Levei na esportiva, quando por fim as palavras – talvez não as melhores – saíram e depois de mais vários minutos continuamos a conversar, até que o “boa noite” chegou e por fim nos despedimos. Poderia ter ficado só no “boa noite”, mas não foi bem assim.
Como dito no início, a palavra confiança foi o forte da conversa. Talvez não tão explícito, mas nas entrelinhas e principalmente em meus pensamentos. Dei-me conta que tenho confiado pouco, quase nada. Eu tento, juro que tento! Tento acreditar, me doar, permitir que o outro se doe também. Tento abrir caminhos, olhar o que muitas vezes não é visível a simples olhares, mas não dá. Simplesmente não consigo. As perguntas tão simples, mas não pouco diretas e exatas pareciam que fizeram a ficha cair e pronto, lá estava eu, perdida. Vontade de chorar não me faltou, mas evitei. Creio que tem sido assim por já ter me decepcionado fortemente em outros tempos, mas não justifica toda essa auto-proteção. Minha definição para essa situação estranha.
Ah! Como queria ser a primeira a falar, a primeira a ligar, a primeira a tomar uma decisão. Mas não é bem assim! Permaneço na retaguarda, a espera de um sinal, um momento exato em que o outro irá tomar a iniciativa. E tudo isso por falta de confiança! Não tem sido fácil, nenhum pouco. O medo de me decepcionar novamente ofusca todos os sentidos. Espero que o tempo saiba tapar todas essas cicatrizes que em mim permanecem expostas. Que não demore, a ponto do que está no ar se perca. Muito pelo contrário! 





Emanuely Guedes

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